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03 fevereiro 2009





Hoje, pela primeira vez em muitos anos, escrevi uma carta. Pelo meu próprio punho, a sentir o arranhar da caneta no papel a cada palavra. E gostei. E gostei mais ainda das expressões que vi na cara da pessoa a quem entreguei essa carta.

Às vezes uma coisa tão simples sabe-nos tão bem.


Fotografia de Maria Isabel Batista

21 março 2008

Não me fujas

Porque é que teimas em esconder o que há em ti? Como se não confiasses em mim, como se tudo fosse desmasiado terrível? Sabes bem que não é. Sabes que não há o que me faça desistir. Nada nem ninguém, lembraste? Eu sei que me escondo, sei que me recuso a mostrar-te tanta coisa, tanto que te poderia mostrar se não tivesse um medo tão grande de te perder. Mas, por favor, não te tornes igual a mim. Não te deixes levar por esta escuridão tão funda e dolorosa. Senão quem me salvará? Quem me abraçará quando o mundo se vira contra nós, meu amor?

19 março 2008

Vi-te acordar




Vi-te acordar. Olhos fechados, gestos lentos, voz entorpecida. Vi-te acordar e fui feliz, tão absurdamente feliz, por poder estar em silêncio a teu lado, muda de deslumbramento, perdida num momento tão simples e tão perfeito. Ainda agora, tempo passado, não sei ao certo o que senti, não sei como foi possível tudo aquilo, uma noite, uma vida inteira nos teus braços.
Só sei que aconteceu. E não podia ter sido de outra forma.

Fotografia de Eric Alan Pritchard

18 março 2008

A escuridão em mim

Guardo segredos. Guardo em mim tudo o que sinto que te poderá levar para longe. Todos os erros. Todas as dúvidas. Guardo-os em mim até não aguentar mais. E explodir. Faço-o porque tenho medo. Um medo horrível, que me consome por dentro, de te perder. Como agora tenho medo dessa paixão adormecida que ainda vive dentro de ti.
Salva-me dos meus medos. Salva-me de mim mesma, por favor.

17 março 2008

O porquê de aqui estar, o porquê de viver...

Era chegado o momento de anotar meticulosamente todos os sons, as conversas que ouvia no silêncio da casa; criar um diário deste amor insone, registar os seus medos e esperanças, os seus rituais, avançar em ti como agora me descubro a mim. Por isso prefiro não to dizer enquanto te encaro, por tudo o que te entrego sem confessar.
Talvez venhas a encontrar estas palavras e nelas ver tudo o não te mostro. Por agora são como que secretas, apenas suspeitas.
Ainda me falta a coragem para tas dar, meu amor.