23 março 2008

Só abandono



Dói-me o que nos resta no fim de uma noite
corpos gelados como se estivessemos ausentes

dói-me esta distância que entre nós se construiu
recordar o passado que guardas em ti
e te consome
perder gestos e palavras a cada momento

ficamos depois assim só abandono
ver as horas passar nos teus olhos
silenciar este rumor que me povoa o peito
encontrar uma voz frágil um esquecimento
que nos possa salvar

1 comentário:

Anónimo disse...

ainda não tive tempo de consultar o arquivo das vozes nocturnas, mas do que li gostei muito e desculpe se não devo comentar, mas na sua visita não deixou endereço de mail

um esquecimento que nos passa salvar é algo que ainda hoje me ocorreu, mas que aqui ficou muito bem escrito. boa noite e um beijo.