Escrevo-te porque não tenho palavras
Escrevo-te porque te perco na distância deste silêncio
no cansaço do sonho que nos atraiçoa
escrevo-te a lápis para te ter mais perto
para te tocar na suavidade da página
sentir a tua pele estremecer sob os meus dedos
quando nada mais me pode salvar
escrevo-te sem esperanças nem impérios
sem areais ao anoitecer
sem cidades escuras onde fomos felizes
escrevo-te na vastidão desta insónia
murmúrios no lento passar das horas
dias em que julgo que a loucura se aproxima
12 maio 2008
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1 comentário:
para quem no primeiro verso não tem palavras, são várias as que marcam neste poema :) um beijinho.
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