20 maio 2008

Sempre que regressavas

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Agora estás longe
e nós nem sempre conseguimos sentir a tua falta
não ouço a tua voz colada às paredes da minha memória
não espero ver-te chegar ao cair da noite

já não temos tempo para recuar
inventar as conversas que não tivemos
pedir-te um abraço
quando eu tinha seis anos e medo de morrer a dormir

já não há a inocência de acreditar
que um dia vais mudar
afastar os silêncios e sorrir
ou simplesmente
perguntar-me como foi o dia

já não há lagrimas para chorar
no escuro do meu quarto
no escuro do meu corpo
não há mágoa para guardar no peito

agora estás longe
e eu não espero o teu regresso

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